quarta-feira, 12 de junho de 2024

Quase 400 milhões de crianças são vítimas de métodos disciplinares violentos em casa

 

As estimativas publicadas na noite de segunda-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância abrangem cerca de uma centena de países que compilou este tipo de dados entre 2010 e 2023, que incluem "agressões psicológicas" e "castigos corporais". A UNICEF entende por "agressão psicológica" gritar com uma criança ou insultá-la. O castigo físico inclui sacudir a criança, dar chapadas, espancar e, de forma geral, quaisquer golpes com a intenção de causar dor sem causar ferimentos.Dos quase 400 milhões de crianças vítimas destes métodos disciplinares violentos, aproximadamente 330 milhões sofrem castigos físicos. Embora cada vez mais países tenham proibido os castigos corporais, quase 500 milhões de crianças com menos de 5 anos não estão legalmente protegidas destas práticas. Um em cada quatro cuidadores acredita que castigo físico é necessário. Mais de um em cada quatro cuidadores principais acredita que o castigo físico é necessário para educar bem os filhos, de acordo com estimativas da UNICEF. "Quando as crianças são vítimas de abusos físicos ou verbais em casa, ou quando são privadas da atenção social e emocional das pessoas próximas, isso pode prejudicar a sua autoestima e o seu desenvolvimento", comentou a chefe da UNICEF, Catherine Russell, num comunicado. "Uma abordagem carinhosa e lúdica na criação dos filhos traz alegria e ajuda as crianças a se sentirem seguras, a aprenderem, a adquirirem novas capacidades e a navegarem o mundo ao seu redor." A UNICEF também publicou esta terça-feira, pela primeira vez estimativas sobre o acesso das crianças à oportunidade de brincar, para assinalar o primeiro Dia Internacional do Brincar. De acordo com dados que abrangem 85 países, uma em cada cinco crianças entre os 2 e os 4 anos não brinca com o seu cuidador em casa e aproximadamente uma em cada oito crianças com menos de 5 anos não tem brinquedos. Cerca de 40% das crianças entre os 2 e os 4 anos não são suficientemente estimuladas ou carecem de interação e uma em cada dez não tem acesso a atividades em casa que sejam "críticas para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional, como ler, contar "Neste primeiro Dia Internacional do Brincar, devemos unir-nos e reafirmar o nosso compromisso de acabar com a violência contra as crianças e de promover relações positivas, afetuosas e lúdicas com as crianças."

sábado, 25 de maio de 2024

Academia de Karatê do Shorin-Ryu Eunápolis-Ba


Academia de Karatê do Shorin-Ryu,Sensei Edmilson e seu filho Mestre Chuvisco e seus alunos - Eunápolis-Ba na Década de 70

Academia em Eunápolis - Bahia na Década de 70


 Sensei Edmilson Academia de Karatê do Shorin-Ryu lado esquerdo em  Eunápolis - Bahia

Karatê do Shorin-Ryu de Eunápolis da década de 70


 Um grande encontro,sensei Agnaldo de Santa Cruz de Cabralia, sensei paulo de São Paulo,sensei Ari de Porto Seguro Ba, com seus discípulos e Mestre Chuvisco filho do sensei Edmilson, percussor do Karatê do Shorin-Ryu de Eunápolis e Região da Bahia. na Década de 70

Kleber Barreto Mestre Chuvisco 9 anos de idade


  Mestre Chuvisco Filho do Sensei Edmilson do Karatê do Shorin-Ryu, no dojo em Eunápolis - Bahia

Karatê do Shorin-Ryu


 Kleber Barreto Mestre Chuvisco Filho do Sensei Edmilson

sábado, 18 de maio de 2024

Entretenimento, ação, esportes, cultura e lazer.


K&R PRODUÇÕES E EVENTOS LTDA.


A Escola de Artes e Cultura Naurú, CNPJ: 51.537.377/001-15 Localizada na Região da Aldeia Mirapé, Terra Indígena Pataxó, Município de Porto Seguro-Ba, Brasil. Fundadores: Mestre Chuvisco e Professora Railda. Atividades: Aulas de capoeira, dança afro-brasileira, música, percussão, eventos culturais, oficinas, workshops, Intercâmbio cultural com outras comunidades etc. Missão: Preservar e difundir a cultura brasileira, promover a inclusão social e o desenvolvimento cultural. Valores: Respeito à diversidade. Compromisso com a educação, responsabilidade social. Criatividade: Kleber Barreto (Mestre Chuvisco). Mestre de Artes marciais e músico. Dedica sua vida à preservação da cultura brasileira. Professora Railda Barreto, licenciada em Educação Física, Pós Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Professora de dança e coreógrafa. Trabalha pela inclusão social e pelo desenvolvimento cultural das comunidades. A Escola de Artes e Cultura Naurú, é um importante espaço cultural de Porto Seguro- Ba. A escola oferece, diversas atividades, além de promover a preservação da cultura brasileira. Se você está em Porto Seguro, vale a pena visitar a Escola de Artes e Cultura Naurú e conhecer o trabalho de Mestre Chuvisco e Professora Railda. Seja bem-vindo!

CONTATOS:Whatsapp: (73) 98884-4027

sexta-feira, 17 de maio de 2024

A Capoeira Contemporânea

 

Foto:Na Sede da Cordão de Ouro em Itabuna-Bahia

Mestre Chuvisco & Professora Railda Barreto & Mestra Claudia  

A Capoeira Contemporânea

Suassuna 03/07/1938

registrado em 1942

Mestre Suassuna

Reinaldo Ramos Suassuna

03/07/1938–registrado em 1942

Primeiramente, a contemporaneidade de uma arte, de uma manifestação social e cultural como a capoeira é algo inerente ao seu tempo. Poderíamos perfeitamente dizer que a Capoeira primitiva era contemporânea em relação aquela a época e ao contexto em que surgiu e que se consolidou.

Já a Capoeira Regional e a Capoeira Angola podem ser consideradas como dois movimentos de vanguarda. Segundo a Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vanguarda), Vanguarda (do francês avant-garde, “proteção frontal”) em sentido literal faz referência ao batalhão militar que precede as tropas em ataque durante uma batalha. Daí deduz-se que vanguarda é aquilo que “está à frente”. Desta dedução surge a definição adotada por uma série de movimentos artísticos e políticos do fim do século XIX e início do século XX. Os movimentos europeus de vanguarda eram aqueles que, segundo seus próprios autores, guiavam a cultura de seus tempos, estando de certa forma à frente deles.

Os movimentos de vanguarda têm uma tendência a negar, de certa forma, o tempo precedente, do qual eles próprios foram criados. Por outro lado buscam, relativamente, algo que tenha ficado em uma época ainda anterior ao próprio tempo precedente. Para exemplificar, imagina-se que a Capoeira tenha passado por várias vanguardas em todas as suas épocas. Mesmo a Capoeira Primitiva que passou por instrumento de luta e liberdade, depois pela abolição, pela marginalidade e se encaminhou para uma capoeira com objetivos artísticos e turísticos.

A capoeira Regional vem fazer um contraponto, buscando exatamente algo que tinha ficado para trás. E a Capoeira Angola, por ter sido organizada e concebida em um período logo após a criação da Capoeira Regional, se encarrega de fazer oposição direta a esta última, também buscando identificações na capoeira primitiva, mantendo tradições e inventando algumas outras.

Com o passar dos anos a capoeira, como dito anteriormente, que nunca deixou de ser contemporânea, continuou a passar por vanguardas. Na Regional diferentes linhas surgiram, algumas desencadeando para uma violência gratuita. Na Angola também surgiram outras linhas que não a do Mestre Pastinha e, mesmo dentro de sua linhagem aparecem nuances muito diversas.

A hibridação dos estilos e a capoeira do Grupo Cordão de Ouro

O próprio brasileiro é um ser híbrido. Porque é fruto da mistura entre as matrizes européias com os negros e índios. Cada uma dessas matrizes contribuiu significativamente para a formação do povo brasileiro. As bases culturais destas se fundem, misturam e se contaminam, até que se consolida uma cultura híbrida cheia de particularidades.

O elemento negro foi importado de diversas regiões do continente africano. Sudaneses, angolanos, moçambicanos e diversos outros povos vieram compulsoriamente trabalhar em um solo que não era o seu e para fins que não diziam respeito às suas necessidades. Os índios, diferentemente dos africanos, foram escravizados no próprio solo, e somente compreendiam tal desgraça como uma maldição dos deuses.

Outra tendência híbrida do ser humano é enxergar qualquer situação do seu próprio ponto de vista. De acordo com a experiência ou as informações que cada indivíduo processa, este dará um significado particular a elas.

A capoeira, como o capoeirista, faz parte do meio em que está inserida. Todos nós fazemos parte do meio, e somos influenciados pelo meio, e também influenciamos o meio em que vivemos, em suas diversas esferas, sejam sociais, econômicas, políticas, culturais, artísticas, psicológicas, comunicativas etc.

Foi a partir da interpretação desses diversos elementos que Mestre Bimba criou a regional. Ele percebeu a necessidade de mudança da capoeira e incorporou diversos elementos daquelas esferas, inovando e renovando assim a sua plástica. As consequências desta mudança foram imprescindíveis para o desenvolvimento e popularização da capoeira como esporte e cultura.

Alguns mestres absorveram conhecimentos da Angola e da Regional, relacionando-se bem com ambas as esferas da capoeira. É o caso do Mestre Suassuna, um capoeirista baiano, que se desloca para São Paulo por volta de 1965, em busca de melhores condições de vida.

Na Bahia, Mestre Suassuna frequentava a escola de Mestre Pastinha, o ícone da Capoeira Angola, mas se relacionava bastante mesmo era com o Mestre Canjiquinha e com Mestre Bimba, o pai da Capoeira Regional, recebendo a influência de capoeiristas tanto “angoleiros”, quanto “regionais”.

Desta forma, os discípulos de Mestre Suassuna conhecem tanto a capoeira regional, quanto a capoeira angola, mas quando jogam, percebe-se que além de elementos de ambos os estilos – outros tantos inéditos, criados no passar dos anos – negaças híbridas, que não são identificáveis nem na regional, e muito menos na angola. Entretanto, a capoeira contemporânea não pode ser considerada um estilo, mas trata-se da co-presença da regional e da angola, mais um grande movimento de vanguarda da capoeira.

Nas rodas, compostas de 3 berimbaus, pandeiro, atabaque, com ou sem presença do agogô e reco-reco, o ritmo é lento, é moderado, é ligeiro, ora chegando ao extremo do Miudinho. Miudinho é um estilo de treinamento desenvolvido pelo Mestre Suassuna, acontece em roda de 2 metros de diâmetro, com os movimentos muito ligeiros, ao mesmo tempo em que é perto do chão, os jogadores se erguem nas mandingas por certo instante e retornam ao jogo entrosado e plástico.

Mestre Suassuna acrescenta: “O Miudinho não é uma capoeira nova, pelo contrário, é um jogo que sempre busquei desenvolver. Os capoeiristas estavam ficando cada vez mais distantes no momento do jogo, e eu pedi pros alunos: joga mais perto, mais miúdo -, daí veio o nome, mas é um estilo de treinamento, não uma capoeira nova. Agora, se ele está mudando a capoeira de muita gente, fazendo com que repensem de forma crítica o que vêm fazendo com nossa arte, já é outro assunto. Na verdade tudo isso é a Capoeira. Não é Angola, nem Regional, nem Contemporânea: é capoeira.


 Arte Brasileira: Rede Internacional quer capoeira como esporte olímpico  As novas gerações já são preparadas para as regras que deverão ser...

Compartilhe nas Redes Sociais

Compartilhamento de Post: